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Estudo do Campus Rondonópolis aponta dados positivos sobre sequestro de Carbono em MT

Publicado por: Campus Rondonópolis / 28 de Março de 2023 às 15:25

A pesquisa foi direcionada à análise da cultura da soja produzida no Estado.

Um estudo realizado por pesquisadores do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) Campus Rondonópolis, demonstrou que as reservas ambientais do Estado têm potencial de sequestro de carbono maior do que o emitido pela cultura da soja. O resultado do cruzamento de dados foi publicado neste semestre na Revista Ciêntifica ‘Enviorement, Development and Sustainability’, que possui Qualis A2.

O trabalho é resultado de uma parte da pesquisa de doutorado da servidora técnica Marley Nunes Vituri Toloi, que fez um estudo maior sobre o impacto da produção de soja em Mato Grosso e sua influência econômica e ambiental.

No artigo publicado, a pesquisadora, primeiramente, buscou analisar as emissões primárias de CO2 na cultura da soja mato-grossense, um dos principais produtos da cadeia do agronegócio brasileiro. Em segundo lugar, determinar o potencial de sequestro de carbono nos diferentes biomas (Amazônia, Pantanal e Cerrado) das macrorregiões do próprio Estado e verificar se as áreas podem neutralizar as emissões da atividade da soja, conforme determinam as leis ambientais locais. 

Para fazer a comparação foram coletados dados de produção de soja em todo o Mato Grosso, computando as áreas de cultivo, macrorregiões e biomas.

Os resultados indicaram que o sequestro de carbono pelas áreas do bioma foi superior às emissões de CO2 causadas por atividades antrópicas durante o cultivo da soja e que as leis ambientais foram suficientes para mitigar tais emissões.

Para um resultado mais detalhado, as emissões foram calculadas e analisadas em duas fases: a) insumos emissores de CO2 a montante e b) insumos emissores de CO2 na aplicação da fase direta durante a produção de soja (dentro da porteira da fazenda).

A área de cada bioma foi estimada por meio do mapa da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat), que utiliza o software SojaMaps desenvolvido pelo Laboratório de Geotecnologia Aplicada à Agricultura e Florestas (GAAF).

Na conclusão do trabalho, foi apontado que o bioma amazônico, tem potencial de sequestro de carbono de 221 vezes superior, enquanto o Cerrado é de 39 vezes e o Pantanal 3000 vezes maior que as emissões.

Contudo, a pesquisadora destaca que esse trabalho foi direcionado apenas para a cultura da soja, não abrangendo outros tipos de ações que emitem CO2. 

“Os dados são muito positivos, Contudo, nosso trabalho mostrou que as áreas preservadas vem atendendo as legislações ambientais e cumprindo um papel importante”, disse Toloi.

A autora do artigo ainda acrescenta que “aumentar a produtividade, com menor dependência de novas áreas, ter eficiência e competitividade são ações que fazem do produtor rural ser um dos protagonistas de uma produção mais sustentável. Produzir em harmonia com o meio ambiente o qual está inserido, todos tendem a ganhar, e serão grandes desafios para alcançar esta meta”.

O artigo foi publicado em parceria com as professoras e orientadoras, Silvia Helena Bonilla e Irenilza de Alencar Nääs do Programa de Pós Graduação em Engenharia de Produção - UNIP (PPGEP) e com o professor e doutor em administração do IFMT Rondonópolis, Rodrigo Carlo Toloi.

Para mais informações sobre o artigo, acesse: https://link.springer.com/article/10.1007/s10668-022-02824-3

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